Esta comunidade há anos possuía uma salina, onde o sal era transportado para o mercado do Rio Grande do Norte.
Em 1942 teve sua última produção de Sal. Com o desaparecimento das salinas, esta que era a principal atividade econômica, os seus moradores se deslocaram para as atividades da pesca, agricultura e desmancha nas casas de farinha das comunidades vizinhas. Em seguida aconteceram algumas secas e a população foi obrigada a comer apenas xique-xique, peixe e feijão por falta de alternativas. Pouco depois, o rio da comunidade começa a trazer frutos, principalmente a produção de tilápias, um peixe que na época era bastante comercializado e trouxe um pouco mais de esperança. Atualmente a comunidade vive economicamente da agricultura, pesca e algumas iniciativas ligada ao turismo e empreendedorismo. Quanto à organização social, criou-se a partir do ano de 1997 uma Associação Comunitária dos Moradores, e com a sua instituição foi possível dar início a melhoria nos serviços básicos, com a implantação da energia elétrica, um poço de água comunitário, estrada, construção da igreja, transporte escolar, agente de saúde, coleta de lixo. Ainda desenvolve um projeto de horticultura que é coordenada pelas bravas mulheres e tem como objetivo oportunizar aos seus moradores e aos visitantes o acesso a alimentos saudáveis para uma melhor qualidade de vida. Além disso, a comunidade também possui um projeto com Abelha nativa “Jandaíra” que além da extração, comercialização do mel também desenvolve um trabalho ambiental a través da polinização dessa espécie que está ameaçada de extinção. Esta comunidade também desenvolve a experiência do Turismo de Base Comunitária, tendo em vista a sua beleza natural, história social e a gastronomia, que é referência na região, e, sobretudo, a hospitalidade da sua gente e a tranquilidade que o lugar oferece. Assim, hoje a comunidade dispõe de dois pequenos restaurantes com referência da galinha caipira e a sobremesa da cocada, bem como, deu início a experiência de hospedaria domiciliar, onde, duas famílias recebem hóspedes (turistas, visitantes) em um quarto interligado à casa da família para desfrutar da hospedagem, das refeições e das trocas de vivências e convivências com os saberes da família e do lugar que ela vive. Tudo isso é fruto da organização e mobilização desta comunidade que tem apenas 14 famílias e uma população aproximada de 56 habitantes e que sonha com uma realidade cada vez mais promissora de dias melhores, focada nos princípios da organização, gestão compartilhada, mudança de atitude e a sustentabilidade.